segunda-feira, 21 de setembro de 2009

RESUMINDO O CONTROLE DE CARGAS NO TREINAMENTO PERSONALIZADO.

Muitos profissionais ligados ao treinamento personalizado lidam no dia-a-dia, na maioria dos casos com clientes iniciantes ou clientes que não desenvolvem um treinamento contínuo a ponto de se instaurar nesse indivíduo vários ciclos de treinamento, assim quando nos deparamos com alguns clientes fiéis e desafiadores, criamos paralelamente uma barreira desafiadora no que diz respeito à evolução das cargas de treinamento deste indivíduo. Com uma visão resumida do controle de cargas, aqui vão algumas dicas para essa evolução de cargas no treinamento personalizado.

As cargas ou estímulos efetuados sobre o organismo do cliente ou atleta são as cargas de treinamento, seguem uma determinada classificação no que diz respeito a sua especificidade, componentes e orientação.

No quesito especificidade leva-se em consideração o pedido do cliente, o trabalho específico de uma determinada habilidade, qualidade física e até mesmo um grupo muscular específico, como por exemplo, o fortalecimento de membros superiores para remadores ou aspirantes da modalidade, ou, o condicionamento geral.

Falando-se de componentes a intensidade pode ser resumida na forma de aplicação de força em uma unidade de tempo estipulada pelo treinador, ou seja, frações de tempo pré- determinadas antes da execução, essa variável de intensidade é mudada na maioria dos trabalhos personalizados, ou seja, a cada mini-ciclo. A duração do exercício também é um componente de prescrição, a ação sobre o organismo treinado também pode ser medida e quantificada com o tempo de duração do mesmo. Ainda dentro dos componentes existem o volume e a densidade. Volume, quantificando as cargas de treinamento, podemos enquadrá-la em uma unidade ou ciclo de treinamento: volume global ou parcial. No volume global podemos enquadrar o tempo total de atividades do nosso cliente, não especificando tempo de treino aeróbio ou anaeróbio ou de flexibilidade ao contrário do volume parcial onde são feitas as divisões. Densidade, isto nada mais é do que o tempo entre a sessão de esforço e o período de recuperação até novo estímulo.

No treinamento personalizado, a presença dos intervalos durante a sessão de treinos é a menina dos olhos, dependendo do tipo de intervalo entre um exercício e outro ou até na mesma série, você pode mudar sistematicamente o tipo de objetivo proposto. Intervalos rígidos, curtos, completos, super-compensatórios, prolongados, determinarão a qualidade do objetivo a ser alcançado. Existem os treinadores que ainda aplicam os intervalos ativos e passivos, entre uma série e outra, o seu cliente pode ficar em descanso total passivamente falando, ou ativo, onde os músculos agonistas são descansados e os antagônicos ao movimento são trabalhados.

Nas orientações de cargas, aplicamos de acordo com o grau de aptidão de nossos clientes, as cargas podem ser divididas em função dos objetivos e também na qualidade específica que o nosso aluno possui, assim não deixamos de lado uma qualidade que poderá contribuir no resultado final, como por exemplo, o condicionamento aeróbio. Em cargas seletivas, determinamos o método ligado a capacidade funcional do nosso cliente, exemplo: se ele é corredor, e corre continuamente por cinco quilômetros, podemos dar continuidade ao trabalho usando o método seletivo de corrida contínua. E em cargas complexas podemos utilizar um ou mais sistemas funcionais, como utilizar um método de resistência e velocidade na mesma sessão. O grau de aptidão é único em cada cliente, portanto o tempo de recuperação entre uma sessão de treino e outra é peculiar e, além disso, muito restrito ao tempo direcionado pelo cliente e pelo treinador.

A adaptação ao processo de treinamento mencionará o tempo de cada ciclo, muitos treinadores caracterizam de forma rústica os ciclos no processo de dor muscular provocado pela atividade, na verdade os nossos músculos se “acostumam” com os mesmos estímulos, e isso é uma das alternativas para se basear na mudança de ciclo, mas não a única.

E, finalizando, podemos ainda agregar a esse resumo de aplicações de cargas, os sinais que eles podem emitir para correção dos ciclos, estímulos e das próprias cargas, são as indicações de super-treinamento (over training). Diminuição da capacidade de trabalho, fadiga crônica durante o dia de descanso ou mesmo no dia de treino, dores em músculos, articulações e tendões, dores de cabeça, náusea, gripes seguidas são termômetros para se repensar no controle de cargas.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Nutrição Pré-Exercício e Prevenção da Fadiga Crônica.

O que uma pessoa ingere numa refeição antes da prática de suas atividades físicas normais podem interferir de maneira significativa no desempenho e no melhor aproveitamento da mesma, uma vez que a nossa nutrição influencia de maneira direta nosso campo psicológico e metabólico.


A nutrição faz com que o corpo esteja preparado para inúmeras tarefas do nosso dia a dia, habitualmente o organismo se identifica com uma série de tarefas que estamos acostumados a executar e a nossa ingestão se assemelha a isso, freqüentemente é isso que buscamos, equilíbrio na ingestão para executarmos trabalho. Mas o fator tempo age de maneira decisiva no quesito rendimento. Quem não gosta de tirar aquele cochilo depois do almoço? Hoje em dia grandes empresas autorizam seus funcionários a fazer este descanso quando o mesmo tem refeição na própria empresa, essa vantagem tem cunho emocional, aumento na disposição assim o corpo se renova frente à batalha que acabou de travar com a digestão. Uma pessoa tem sua digestão completa em média quatro horas depois da ingestão, mas isso varia de acordo com o que realmente ela ingeriu. Carboidratos, gorduras e proteínas têm tempo diferente de digestão, e em relação há esse tempo é que temos que ter cuidado quanto à ingestão antes de qualquer atividade física, seja ela de baixa, média ou alta intensidade.

Geralmente executamos atividades físicas depois de duas horas em relação a ultima refeição, fatores como tempo de disponibilidade etc são os principais vilões, atacamos de maneira indireta nosso sistema digestivo, pois desviaremos do final da digestão o sangue que participa do processo digestivo ao músculo a ser utilizado no decorrer da atividade, assim podemos até resumir que, em se tratando de exercício, devemos fazer refeições leves antes da atividade independentemente da carga da atividade. Mas o que dizer se estas refeições forem em quantidades excessivas? A resposta está no mau desempenho, perigo a saúde, deficiência progressiva no sistema digestivo, desconforto, vômito etc.

Mas talvez a grande novidade quanto à refeição ou ingestão antes da atividade física esteja relacionado ao carboidrato simples (açucares, pães, doces etc), sabedores de que o carboidrato simples é a forma mais fácil de absorção do nosso organismo, pessoas abusam dessa forma de ingestão no intuito de ganharem aquela energia extra antes do exercício, resumindo, é mais glicose na corrente sanguínea do corredor, mais glicose no músculo do fisiculturista, mas se tratando de glicose devemos ter cuidado com a insulina, e foi esse o tema de diversos artigos científicos que vieram comprovar que a ingestão de carboidratos simples minutos antes da atividade física pode causar hipoglicemia (queda do açúcar sanguíneo). Mas não seria o contrário? Muito açúcar no sangue e conseqüentemente hiperglicemia? Era o que pensávamos até bem pouco tempo atrás, o fato é que pico de glicose causa pico de insulina, com tanta insulina na corrente sanguínea o carboidrato simples é rapidamente absorvido, psicologicamente estamos pronto para aquele exercício que queremos fazer, mas o combustível que contávamos já foi estocado e no decorrer da atividade podemos sofrer com uma hipoglicemia, conseqüentemente do pouco açúcar sanguíneo, lembramos que o corpo sofre reajustes no decorrer do exercício podendo dosar essa falta com outras fontes de combustível, mas até lá uma pequena queda de rendimento ou até mesmo efeitos da hipoglicemia poderiam ser sentidos tais como, tontura, visão borrada indecisão. Portanto o mais recomendável seria talvez o açúcar da fruta (frutose), de média absorção com relação ao tempo, suprindo o organismo no decorrer do exercício. Contudo nunca devemos iniciar uma atividade física com muita fome, todos os negativos podem se sobressair além é claro de uma fadiga crônica generalizada.

A importância do alongamento em atividades físicas.

O alongamento é a extensão muscular efetuada desde o estado inicial de extensão até um leve desconforto provido de pequena dor ou leve ardência, se dá a partir 20 segundos em média do início da extensão. O alongamento muscular tem funções diferentes no nosso organismo dependendo do momento de sua execução, antes da atividade física tem capacidades de prevenção de lesão muscular e articular, e, depois da atividade física propriedades de aceleração na recuperação muscular.


Tirar o nosso corpo do estado de inércia e subitamente efetuar um movimento brusco como levantar um balde d’água, correr num curto espaço de tempo para não perder aquele ônibus, etc, sempre causa um susto em nosso organismo, sejam respostas fisiológicas como alterações hormonais, atividades neurais, cardíacas e etc, como até mesmo os nossos músculos e articulações, surpreendidos com tal reação. Nosso organismo tem capacidades para a realização de inúmeras ações, mas as velocidades de reações podem não estar ajustadas para tais esforços, e como resultados ocorrem as lesões. Obviamente não estamos aptos para nos alongarmos antes de correr atrás de um ônibus, mas se em outras ocasiões nos submetêssemos a esse tipo de prática os riscos de ocorrerem alguma lesão seriam diminuídos.

Qualquer atividade física exige um bom alongamento muscular e articular, até mesmo numa atividade de força como é o caso da musculação, onde o alongamento teria propriedades de condicionar a musculatura e melhoria na eficiência do trabalho.

Há uma leve diferença entre alongamento e flexibilidade onde o primeiro não tenta levar a uma hiperextensão muscular e articular, e o segundo consiste em justamente aumentar a extensão normal músculo- articular. O alongamento propicia manutenção da musculatura evitando seu encurtamento após vários estímulos como em exercícios, e o treinamento de flexibilidade leva ao aumento da amplitude músculo- articular e ganho de força através exercícios estáticos.

Em ambos o corpo deve estar aquecido e relaxado, aliados a sessões de respiração cadenciadas ao movimento, pessoas que trabalham muito tempo sentadas sentem a necessidade e a obrigatoriedade de se alongarem freqüentemente, evitando assim leves desconfortos da musculatura encurtada. Tal situação nos obriga a pensar que, se em estado de repouso nossa musculatura tem leve tendência ao encurtamento, o que dizer então se em todas as nossas atividades, sejam elas do cotidiano ou mesmo em sessões de exercícios não fizéssemos algum tipo de alongamento no grupo muscular utilizado para tal ! Obviamente não estaríamos cuidando bem dos nossos músculos e não estaríamos proporcionando a eles capacitação e reabilitação para um próximo trabalho. A importância do alongamento consiste em justamente propiciar melhor capacidade muscular e permitir que o exercício físico seja efetuado de maneira segura sem riscos lesivos no plano músculo –articular, dando como bonificação ao seu executor, maiores ganhos de força e princípio de flexibilidade.

Diferenças fisiológicas: Por que se exercitar?

Revelados os mecanismos pelos quais os esportistas estão mais preparados que os adeptos da imobilidade para enfrentar infecções causadas por vírus ou bactérias. Análises de sangue retiradas de esportistas profissionais indicam que modalidades esportivas distintas, como natação ou corrida, determinam respostas diferentes ao sistema imunológico, podendo haver maior ou menor mobilização de células do sangue, que promovem ação integrada com o sistema imunológico.


Tal ação tem relação direta com a nutrição de determinados atletas, suplementos a base de proteínas e carboidratos aliados ao exercício físico promovem benefícios, como é o exemplo da suplementação de um aminoácido chamado glutamina, usado por atletas e principalmente fisiculturistas, sabe-se que este aminoácido atua como uma fonte de energia extra para células de proliferação rápida, tanto para as do sistema imune quanto para as células da parede do intestino, essa ação tem melhor qualidade no decorrer do exercício, em resumo, a glutamina complementa a principal fonte de energia do organismo, a glicose além de ser a principal fonte de energia do sistema imunológico.

Além da nutrição destes atletas, o próprio exercício em si beneficia qualquer pessoa, seja ela atleta ou não, desde que capacitada a pratica da atividade física, meia hora depois do início de um exercício moderado, pode-se chegar a quatro vezes maior que o normal o número de células brancas (leucócitos) na corrente sanguínea, liberados pela medula óssea e retirados de alguns órgãos como fígado, pulmão e baço, ficando retidos nas artérias e veias por dois dias em média até se espalharem pelos músculos e por outros tecidos do corpo para começar a chamada limpeza, removendo vírus, bactérias, toxinas ou células doentes. Tal afirmação acima cita estudo feito pelo Instituto de Biomedicina da USP, pouco a pouco estudos vêm comprovando que atividade física diferenciada pode ajudar a amenizar efeitos de doenças distintas comuns, como é o caso da natação e sua comprovada eficácia contra os efeitos dolorosos da Artrite Reumatóide, observou-se queda de 40% dos sintomas de dor, medidos por meio de marcadores de dor, como a prostraglandina.

Estímulos provocados pelo organismo de pessoas que se exercitam freqüentemente provocam uma boa resposta no que diz respeito a melhor absorção de nutrientes, os aminoácidos em perfeito equilíbrio no organismo promovem respostas imunes como a citada acima efetuada pela ação da glutamina e a humoral, promovida pelos anticorpos e adotada contra parasitas e em reações alérgicas.

Está também mais claro que o exercício faz muito bem ao coração, em termos gerais, mais uma pesquisa confirma que é estimulada a produção das chamadas citocinas pré-inflamatórias, que conduz com a recuperação de corações enfartados e ou debilitados, agindo em corações sadios como agentes preventivos.

Como numa decisão de campeonato, é impossível contentar os dois times, os sedentários vão se sentir desconfortáveis, talvez a ponto de repensarem as justificativas de não moverem o corpo além do mínimo necessário, enquanto os praticantes de uma atividade física regular e moderada certamente ficarão com o orgulho fortalecido ao conhecerem pouco a pouco resultados expressivos de inúmeros pesquisadores.

Inclusão do Deficiente Visual na Atividade Física e no Desporto.

Uma pessoa deficiente visual habitua-se no seu dia a dia com dificuldades e barreiras a serem transpostas, dificuldades estas, às vezes criadas por pessoas próximas ou por governantes que “nada enxergam”.


Temos que admitir que a deficiência visual é somente um obstáculo a mais na vida da pessoa que a possui, e que todos nós temos o direito e o dever de ao menos tentarmos transpô-los.

A inclusão de um deficiente visual na atividade física (exercícios ilimitados e variados) e nos desportos (esporte específico), passa pelos mesmos estágios de uma pessoa comum, as mesmas dificuldades ambos estarão sujeitos tais como: coordenação motora, maturação cognitiva, despertar dos sentidos, equilíbrio etc, mudando apenas as formas de aplicação do conteúdo didático.

Segundo a (OMS) Organização Mundial da Saúde a deficiência visual é definida como...”Uma anomalia da estrutura ou da aparência do corpo humano e do funcionamento de um órgão ou sistema, seja qual for sua causa”.Podemos então definir a deficiência visual como um impedimento parcial que diminui certas habilidades decorrentes de imperfeição no órgão do sistema visual, mas não incapacita o deficiente de qualquer atividade, seja ela de qualquer origem.

Quanto às formas de deficiência visual, nos esportes, possuem interpretações diferenciadas e são classificadas em escala, são elas: B1, B2, B3 ( B=blind –cego ou deficiente visual) fundamentada pela ( IBSA) International Blind Sport Association de 1993. Esta classificação é de primordial importância para que professores determinem programas e estratégias ligados a melhor performance e aprendizagem do deficiente visual.

Uma atividade física supervisionada para esses indivíduos traria de antemão uma serie de vantagens não habituais na vida de cada um deles, melhoras na expressão corporal e facial, coordenação motora global, equilíbrio, correção da postura, resistência física, facilidade de relaxamento, movimentos básicos fundamentais etc, seriam parte dos benefícios. Na parte sócio-afetiva seria adquirido maior segurança, coragem para deslocamento, independência, melhora na ansiedade, autoconfiança e auto-estima dobrada, contudo variando de pessoa pra pessoa, mas em eixos sempre positivos.

A forma com que pessoa a pessoa adquiriu a deficiência, se de forma congênita ou adquirida, também interfere nas estratégias de ensino, vale a maturação do professor, grau de conhecimento para assim melhor aplicar o conteúdo das aulas e ou treinamentos, que vão desde estimulação precoce até fundamentos específicos do esporte.

Aos pais ou responsáveis temos a função de informar e conscientizar que a inclusão do deficiente visual em grande parte das áreas sejam elas culturais, desportivas, trabalhistas, educacionais etc é uma realidade prevista em lei, bastando apenas à iniciativa por parte de todos em exigir e cobrar das autoridades, assim como assistir ao deficiente de iniciativa, incentivo e motivação uma vez sabedora de suas capacidades e potencialidades serão pessoas muito mais felizes.

O que é o que é? Um pouquinho de Fisiologia.

A todo instante, assuntos ligados à área da saúde ganham espaços na imprensa. Jornais, revistas, televisão, dedicam cada vez mais espaços para melhor informar a população no âmbito de melhorar a qualidade de vida de todos através da informação. Alguns termos científicos e técnicos são empregados até mesmo em assuntos corriqueiros que estamos cansados de ouvir, ver e falar, mas que ficam meio vagos por não haver uma explicação mais simples do que realmente são, pensando nisto este artigo vem a simplificar termos comuns do no nosso dia a dia, mas que algumas pessoas ainda não assimilaram. Termos como P. A (pressão arterial), FCM (freqüência cardíaca máxima), DC (débito cardíaco), Exercício Aeróbio, Exercício Anaeróbio e TMB (taxa metabólica basal) serão um pouco mais simplificados.


P. A nada mais é do que a média da pressão sistólica e da pressão diastólica durante o ciclo cardíaco completo (batimento cardíaco), onde as pressões do sistema arterial impulsionam o sangue pelas artérias a todo o sistema circulatório. Ela é aferida e não medida como comumente dizemos, é verificada através de um aparelho chamado esfigmômetro que nos dá o resultado em milímetros de mercúrio, assim quando na aferição tem-se o resultado de 120x80mmhg, significa que a pressão arterial da pessoa está em 12x8, (doze por oito), inclusive este número é a média ideal aceita pela comunidade médica para que a pressão arterial esteja ideal pra homens e mulheres adultos.

Outra abreviação que comumente encontramos é FCM, Freqüência Cardíaca Máxima, quem não já ouviu a seguinte recomendação: Olha! Não vá exagerar nos exercícios, pois seu coração no máximo de batimentos pode lhe dar um ataque cardíaco! De fato pode acontecer, mas fica pra um outro artigo, essa freqüência cardíaca máxima é o número de batimentos na ordem de 220 por minuto, desse número criou-se uma faixa de segurança do qual se subtrai a idade da pessoa, ou seja, 220-IDADE=FCM, exemplo: uma pessoa de trinta anos tem sua FCM em 190 batimentos por minuto (bpm) durante o exercício, batimentos próximos ou até mesmo passando destes números serão prejudiciais à pessoa não condicionada pra tal, portanto somente com a idade podemos saber até onde chegar em exercícios, o ideal para grande maioria da população é se exercitar entre 55% e 85% da freqüência cardíaca máxima, levando-se em consideração o exemplo acima, entre 105 e 162 batimentos por minuto.

Débito Cardíaco ou DC é o volume de sangue ejetado na aorta em um minuto, ou seja, o volume de sangue em mililitros multiplicado pela freqüência cardíaca, em repouso o DC pode variar de pessoa pra pessoa e de sexo pra sexo, podendo chegar a 6 litros em mulheres e 8 litros em homens, alcançando até 42 litros em exercícios, podendo assim o coração bombear até 42 litros de sangue para irrigar o corpo durante o exercício intenso.

Exercício Aeróbio é qualquer atividade sustentada continuamente por mais de cinco minutos, onde o sistema fornecedor de energia necessita de oxigênio para liberar energia para continuarmos exercitando, se caracterizam exercícios aeróbios a caminhada, ciclismo, corrida, natação, hidroginástica etc. Exercícios anaeróbios são exercícios que não necessitam da presença de oxigênio pra liberar energia, pois são realizados em poucos segundos, em média, dez segundos, contudo a respiração é normal nesse período, são exercícios anaeróbios as provas de 100 metros de corrida, 25 metros livres de natação, musculação em treinos pesados e poucas repetições etc.

TMB ou taxa metabólica basal é a quantidade de energia necessária para que nós nos mantenhamos vivos, é a energia necessária para desempenharmos as tarefas do dia a dia e manter as funções vitais de nossos órgãos. Nutricionistas através da TMB calculam com fórmulas específicas esses números orientando seus pacientes em regimes e controles de peso, tendo e seu poder a idade, sexo, altura e peso atual da pessoa. Contudo nós da área da saúde e bem estar físico estamos tentando informar e ajudar nossos leitores através de artigos como este.

Estimulando a saúde com exercícios.

Exercícios físicos são grandes colaboradores para a manutenção da saúde plena corporal, com certeza todos sabem disso, mas a proporção dos benefícios vai além do que muitos ainda acreditam.


Médicos e profissionais da área da saúde se comprometem hoje em dia estarem aptos a informações que variam desde os pequenos benefícios, até os mais exigidos dependendo da necessidade de cada indivíduo.

Estudos epidemiológicos apontam que em populações fisicamente ativas tem-se menor incidência de doenças relacionadas com a falta de exercícios físicos, dentre elas podemos citar: a hipertensão arterial, a obesidade, a diabete, a osteoporose, ansiedade, depressão, e muitas outras.

Consequentemente os exercícios estão ligados a porções positivas de saúde, desde que bem orientado e prescrito por profissional de educação física, únicos aptos a tal. Estudos apontam menores ocorrências de doenças coronarianas, doenças cérebro-vascular, doença vascular periférica etc.

Fato concreto é que não podemos afirmar qual atividade física é mais completa que a outra, no que diz respeito à promoção da saúde. O Colégio Americano de Esportes e Medicina outrora apontava os exercícios aeróbios como os benfeitores, por causar um aumento de VO2 Máximo, mas voltaram atrás em tais artigos, admitindo ganhos de saúde também em atividades que não trazem este benefício como é o caso da musculação dentre outros. Assim, campanhas de saúde pública não enfatizam a necessidade de uma forma particular de exercício para a promoção da saúde, e sim a adoção de um estilo de vida não sedentário.

Entende-se por atividade física qualquer atividade ininterrupta de gasto calórico superior a 200 kcal, qualquer atividade nessa proporção já trará benefícios à saúde.

Do ponto de vista médico, a classificação mais importante a ser considerada está ligada à intensidade dos esforços, requerendo maior adaptação do indivíduo, uma vez que tais intensidades podem ser lesivas a saúde.

Longevidade tem causa genética, mas os efeitos ambientais podem influenciar de forma positiva, como é o caso dos exercícios físicos, as diminuições de vários estágios progressivos de doenças estão relacionadas com atividades físicas freqüentes, um exemplo claro está num estudo que provou que o treinamento de musculação (força), pode reverter a perda de 12 a 14% da força muscular em população acima de cinqüenta anos de idade, isso tudo em poucos meses de treinamento apropriado, e a recuperação de 6% da massa muscular por década perdida, ou seja, podendo ter uma recuperação de 30% da massa muscular perdida ou inativa num adulto com mais de 50 anos.

As atividades que influenciam de forma positiva a saúde podem ser demasiadamente variadas, bastando uma análise de aptidão concedida pelo médico, e a boa supervisão de um profissional da área para que a atividade física tenha um efeito direto na saúde de qualquer pessoa.

Gestante e exercício – Parte 2

Diversas alterações físicas e psicológicas são vistas durante a gravidez, sensações diferentes além de mudanças comportamentais fazem parte de uma lista bem grande de incrementos a essa nova fase na vida de uma mulher, mudanças significativas nos perfis endócrinos (hormônios), cardiovasculares, renais, pulmonares, gastrintestinais, são apenas parte de todas as alterações possíveis. No entanto as alterações hormonais têm peso significativo, pois proliferam as grandes mudanças corpóreas.


O estrogênio é o hormônio responsável por desenvolver as características sexuais femininas na gestante e durante as primeiras semanas, por volta da décima quinta, é aumentada de sua porção normal para até três vezes mais, porém após a décima sexta semana a placenta passa a secretar o estrogênio aumentando sua porção até trinta vezes mais que o normal, tal aumento dará novas características ao corpo feminino como o aumento da musculatura uterina, aumento dos seios e etc.

Já o progesterona prepara o útero para receber o óvulo fertilizado, a mama para secreção do leite e a nutrição do feto através dos nutrientes oriundos do endométrio, talvez a função mais importante do progesterona seja o efeito inibidor que ele causa na musculatura uterina evitando que a contração do mesmo expulse o óvulo ou mesmo o feto em formação.

Outro hormônio importante na gestação é o gonodrotofina cariônica, esse hormônio de nome estranho controla a secreção do progesterona e do estrogênio a partir do corpo lúteo durante o primeiro trimestre da gestação até a intervenção placentária desta secreção. No entanto, em se tratando de alterações hormonais poucas gestantes tem o conhecimento de que tais são responsáveis, por exemplo, por taquicardia, palpitações, respiração excessiva, instabilidade emocional etc. Tais discrepâncias são ocasião da readaptaçao hormonal de que o corpo necessita para manutenção do feto e sustentação do mesmo após o parto.

É comum ocorrer aumento dos hormônios adrenais, estes contribuem para o surgimento de estrias róseas de pele, fato de que a parte estética feminina é afetada, atacando de forma indireta o sistema emocional da gestante. Descargas hormonais alteram também o metabolismo da glicose aumentando assim a necessidade de insulina, tal aumento de insulina não é secretada pelo pâncreas, mas sim pela placenta podendo causar o diabete gestacional.

Saindo das alterações hormonais, uma alteração interessante ocorre a nível cardiovascular, a freqüência cardíaca de repouso que geralmente circunda os 70 BPM (batimentos por minuto) se eleva para cerca de 90 BPM, devido ao volume de sangue aumentado em cerca de 40% e conseqüentemente aumento também do débito cardíaco.

No sistema renal há um aumento de cerca de 30%, assim a sensação de necessidade de urinar incomoda as gestantes, e com mais freqüência na posição decubital (deitada).

Em se falando de trato intestinal estudos apontam constipação intestinal (intestino preso) como fato e é a principal queixa das gestantes já que isso ocorre devido à pressão do útero contra a porção inferior do cólon. Dores nas costas por relaxamento das articulações pélvicas, aumento na necessidade de descanso, gengivas frágeis, seios aumentados, doloridos, formigando e secretando colostro, são novidades para a mulher em sua primeira gestação assim como todas as outras mudanças citadas acima, portanto um bom acompanhamento médico e informações mínimas como estas amenizam algum sofrimento que possa prevalecer sobre a fase mais brilhante na vida de uma mulher.

Gestante e atividade física-Parte 1.

A eficiência e a segurança das atividades físicas e esportivas para gestantes, principalmente sobre o bem estar fetal, são assuntos em pauta na sociedade científica atualmente.


Conceitos de que uma grávida não poderia fazer nenhuma atividade foram banidos, técnicas e conhecimentos hoje em dia são aplicados por pessoas capacitadas e credenciadas pra tal.

Sabemos que a atividade física é indicada para gestantes saudáveis, são estas as que não possuem em seu histórico certas complicações como, diabetes tipo 1, histórico de dois ou mais abortos espontâneos, anemia, histórico de trabalho de parto prematuro, sedentarismo antes da gravidez, alcoolismo e tabagismo em excesso antes e durante a gestação. Tais atividades podem ser de intensidade leve e moderada, entretanto algumas precauções devem ser tomadas e dentre elas estão: obtenção de autorização médica, conhecimento por parte do professor (a) de alguma complicação já vivida, e conhecimento (científico) do professor (a) sobre alterações possíveis durante e após o exercício. Diferenças metabólicas e cardiovasculares de mulheres gestantes e não gestantes podem contribuir de forma direta e indireta no melhor aproveitamento da atividade assim como prevenção, a freqüência cardíaca é maior tanto em repouso quanto em exercício em gestantes, o volume sanguíneo corporal é aumentado em cerca de 40%, aumento do consumo de oxigênio, possibilidade de hipotensão (queda de pressão) no último trimestre da gestação, dentre outros.

Ao contrário do exercício leve e moderado o intenso é totalmente contra-indicado, pois este reduz o fluxo sanguíneo do útero desviando para o músculo exercitado, podendo levar a gestante a hipóxia fetal (insuficiência de oxigênio), hipertermia fetal (aumento da temperatura), possibilidade de aborto no primeiro trimestre da gestação e risco de trabalho de parto prematuro. Certas recomendações devem ser de conhecimento da própria gestante a ser seguido antes da atividade, tais como, evitar permanecer por longos períodos na mesma posição (de pé ou sentada), ter atenção especial na dieta, interromper a atividade em qualquer variação do organismo, incluindo mal estar, suor excessivo, muito frio ou calor, dar preferência a atividades sem suporte do peso corporal como ciclismo, natação e hidroginástica, manter o corpo bem hidratado, e exigir do seu professor (a) exercícios para os músculos da pelve, diafragma e abdome para facilitar o possível trabalho de parto normal.

Os benefícios biológicos são inúmeros, alem disso traz consigo os benefícios psicológicos. Há a manutenção do condicionamento físico em gestantes que antes da gravidez eram ativas fisicamente falando, menor ganho de peso, diminuição de complicações obstétricas, menor risco de parto prematuro, diminuição do risco de diabetes gestacional, diminuição na incidência de partos cesarianos, melhora a auto-estima, trás sensação de bem estar, previne a depressão, ansiedade e estresse.

Sem sombra de duvidas, a boa orientação tanto do médico quanto do professor (a) são imprescindíveis para melhor benefício da gestante e seu bebê, capacitar funcionalmente o organismo modificado pela gestação a atravessar tal período da melhor forma possível é esta a função destes profissionais, portanto podemos considerar que a atividade física regular é essencial nesta fase da vida tão bela para o sexo feminino.

A Recreação na Educação e no desporto.

Toda criança nasce pra brincar. Partindo dessa afirmativa, de maneira simples e direta, é de fácil compreensão de que se trata de uma verdade. A criança vem pro mundo e logo nos primeiros meses de vida, onde uma parte do tempo é dormindo e mamando, a outra é brincando. Deitada no seu berço ou cama, qualquer movimento a seu redor é motivo pra ligeira perseguição, olhinhos vivos e curiosos, onde um acender de luzes, toque de campainha, são motivos de sobra pra breve despertar, tirando-a do estado inerte e causando-lhe inquietude, não sabe falar, mas quem garante que ela não quer brincar. Se vir a ficar só, logo se vê balançar de braços e pernas, canta algo de muito estranho, e ri sozinha. Talvez não seja uma amostra e preparação pra toda brincadeira que lhe cercará até a idade adulta?


E quando chega a hora do primeiro carrinho ou boneca, do primeiro triciclo, da primeira bicicleta, tais brinquedos já vêm inseridos de regras e requerem o mínimo de disciplina para seu manuseio e utilização, como, espaço pra brincadeira, cuidados com os brinquedos, velocidade controlada pra evitar qualquer acidente etc. Isso tudo só vem confirmar que nascemos pra brincar e obedecer a regras. E por que não utilizar o lúdico para amenizar o peso que a palavra regra trás consigo? É a proposta de vários educadores, educar através da maneira mais prazerosa pra criança. A disciplina existirá, mas será inserida em várias recreações e desportos, tornando-se de maneira indireta absorvidas pelos educandos sem carga de valores.

Alguns educadores aplicam regras e teorias de seus conteúdos nas formas mais diferenciadas possíveis, não enganando os educandos, mas tornando mais prazerosa a atividade, um bom exemplo disso é o fato de professores ensinarem literatura e gramática em forma de música, matemática com jogos de xadrez e damas, geografia e história com quebra-cabeças etc. O resultado é interessante, classes que possuem esta didática são ligeiramente melhor em vários pontos em relação a outras que não possuem.

Reforça-se uma antiga teoria: Nada melhor do que se aprender brincando! Mas o que fazer quando os exageros começam a aparecer, ultrapassando limites lúdicos e pouca absorção de conteúdo? Um pequeno desvio de atenção ou excesso nas brincadeiras pode danificar o objetivo, então se diminui o prazer pra se retomar com mais prazer. Em outras palavras seria um castigo indireto, diminuindo as brincadeiras, controlando os excessos pra retomada futura, com mais respeito e atenção, em 90% dos casos resolve-se assim, outros 10% varia de acordo com a conduta de cada educador.

Se tiver boa perspectiva na educação por que não aplicá-la ao desporto? De maneira prática e direta, muitas crianças encaram o esporte como uma brincadeira mais afinada, e não podemos tirar-lhes isto de mente. Perspectivas e resultados de boa saúde não estão na pauta de uma criança quando ela resolve correr, brincar na água, chutar uma bola, apenas a brincadeira em si é o que importa pra ela, futuramente ganhará aspectos competitivos e assim objetivos traçados através do desporto para várias variáveis. Assim em se tratando de aprendizado, não podemos ter em mente que nossos filhos serão os maiores esportistas em suas respectivas modalidades de escolha antes mesmo que ele aprenda os primeiros passos do esporte escolhido, e pra ele, a princípio de maneira lúdica de preferência. O raio “X” do educador verá o tempo exato para iniciar a criança em qualquer modalidade.

Em todas as áreas da educação e do desporto o lúdico se torna peça fundamental para iniciação de crianças, na fase adulta há outros métodos, mas o lúdico também aparece, sendo mais utilizado para alívio do estresse etc.

A prática de exercícios físicos como auxiliar no tratamento da obesidade.

O excesso de gordura corporal é uma das principais preocupações dos praticantes de atividades físicas gerais. Mas por um objetivo de menor importância que a saúde, a estética.


Os riscos que a gordura impõe ao organismo já são assumidos como fator de risco, mas hoje pessoas buscam a atividade física para melhorar a silhueta, talvez se esquecendo que para cada caso, há uma forma de se exercitar e que o trato estético vem como conseqüência dos exercícios efetuados no tratamento da obesidade.

Pessoas que estão acima do peso e essa gordura já é motivo agravante para sua saúde, devem de maneira orientada se exercitar, só com o programa ideal de exercícios para cada caso é que garantirá a eficácia do tratamento. O excesso de gordura é um excesso de reserva lipídica que não precisamos, cada um de nós tem um estoque e com esse estoque podemos estar em situações regulares de adversidade que mesmo assim não interferiríamos de forma a sofrermos com esse déficit.

A obesidade é uma doença multifatorial, altamente relacionada com fatores ambientais, onde 90% dos casos está ligado ao estilo de vida, podendo assim sofrer uma alteração a partir do momento que mudarmos os hábitos, onde a inclusão de atividades orientadas seria de grande valia contra esse mal do século.

Embora a restrição dietética seja uma das formas para se tratar, estudos apontam que só a restrição alimentar reduziria a massa corporal total, mas levando grande parte de massa magra consigo, estamos falando dos músculos, e isso não é interessante para a manutenção da saúde desse indivíduo.

O exercício físico não se mostra tão eficaz na redução do peso corporal total, pois tende a manter grande parte da massa muscular do indivíduo, tal massa é pesada, mas ao contrário da gordura, é muito saudável, portanto perderíamos pouco peso em relação a pessoas que não se exercitam e se submetem a regimes. Mas em contrapartida a melhoria estética teria mais definição, as estruturas dos seguimentos seriam mais firmes, e a massa muscular contribuiria de forma agressiva num balanço energético negativo. Isso é facilmente explicado uma vez que nossa massa muscular é uma consumidora e devoradora de gordura, para manter suas estruturas, uma vez exercitado, os músculos buscam nutrientes para se recomporem e se a ingestão não está sendo suficiente, é justamente nos estoques que ela vai buscar, no caso a gordura. Assim o controle alimentar e a atividade física devem estar unidos para resultados mais expressivos.

Na “impossibilidade” da prática de exercícios físicos orientados, toda pessoa deve ao menos ser estimulada a um estilo de vida mais ativo, incluindo no seu dia-a-dia caminhadas mais longas fora do convencional, encarar aquela escada e deixar de lado o elevador, tirar os cabides da bicicleta ergométrica do quarto e lógico pedalar, alterar hábitos alimentares, aumentando assim o gasto energético e fazendo a manutenção da massa magra e até aumentando a mesma se livrando daquela gordura indesejada e ganhando como um belo presente traços estéticos, eliminando assim riscos iminentes de doenças que fazem parte da vida do obeso ou estão por fazer.

O Hormônio da Leptina como Marcador da obesidade.

A Leptina é um hormônio secretado pelos adipócitos (células de gordura), também encontrada na placenta, glândulas mamárias, estômago, coração e cartilagem óssea. Este hormônio informa ao hipotálamo (região do cérebro responsável pela sensação de fome e saciedade) o tamanho das reservas de gordura do corpo, uma vez em quantidades normais de secreção e nível no corpo, regula a ingestão alimentar e o estoque de energia (gordura).


O desequilíbrio deste hormônio em balanços positivos ou negativos tendem a desencadear excesso ou falta de gordura no corpo. Inúmeros fatores podem influenciar a produção deste hormônio, incluindo a alimentação, níveis de insulina e fatores hormonais mais complexos como quantidade de testosterona e etc.

Com relação à alimentação, estudos comprovam que uma dieta de baixas calorias (hipocalóricas), pode aumentar a produção de um outro hormônio chamado cortisol, este último por sua vez aumenta o nível de leptina fazendo com que esse indivíduo não perca peso mesmo fazendo dieta, pois a leptina estando aumentada causaria descontrole do hipotálamo, transformando em reserva a alimentação já restrita. Níveis baixos de insulina no organismo promovem o contrário em relação ao cortisol, diminui a quantidade de leptina e conseqüentemente emagrecimento, sendo esta tendência geralmente em pessoas com índice de massa corpórea (IMC) normal e pessoas magras, que tendem a ter o nível insulínico normal, desconsiderando qualquer patologia como diabetes. Parece, ao que tudo indica que a leptina e a insulina andam de mãos dadas, alterações positivas ou negativas em ambas simultaneamente.

Tendo em mente a lógica de que pouca leptina emagrece e muita leptina engorda, pesquisadores ainda não afirmam com eficiência tal teoria, pois vários fatores hormonais muito complexos ainda estão sendo avaliados, mas certas comparações de um hormônio com outro e suas interações estão adiantadas. Alguns laboratórios (endocrinologia) fazem a avaliação da quantidade de leptina pra cada indivíduo, fatores como peso corporal, idade e sexo, são parâmetros para o resultado. Sabe-se que a partir do controle no nível deste hormônio, se dará um passo enorme no controle endócrino da obesidade, assim como já é feito nas disfunções do hormônio da tireóide.

A leptina tem uma meia vida de aproximadamente 25 minutos na circulação sanguínea, logo se esgotando, confunde o hipotálamo e faz com que o indivíduo perca peso por ação descontrolada das reservas de energia que são liberadas em demasia. Em contrapartida, no indivíduo com excesso de peso e nível insulínico alto assim como o de leptina, o hipotálamo também é confundido, absorvendo assim carboidratos, transformando-os em gordura por entender que não há reservas de energia, aumentando assim o peso do indivíduo, mas como citado acima isto ainda não é regra, tende a ser.

Sabe-se hoje que o tabagismo, alterações nos hormônios da glândula tireóide, temperaturas baixas, e outras de cunho mais científico, possuem propriedades de diminuir os níveis de leptina, em resumo, indivíduos fumantes, indivíduos com hipertiroidismo e indivíduos expostos a baixas temperaturas “tendem” ser magros.

Talvez a forma mais direta de se dizer que a leptina pode ser o hormônio da obesidade está na ingestão de alimentos e no gasto de energia, suas ações como diminuidor do apetite e estimulador do gasto de energia são reguladoras do peso corporal. A diminuição do apetite deve-se ao mecanismo de sinalização desta ao hipotálamo, e com relação ao gasto de energia, a leptina estimula ações do sistema nervoso simpático que age diretamente nas células de gordura permitindo melhor utilização de gordura como fonte de energia através da oxidação. Talvez o mistério da obesidade esteja começando a ser desvendado, tomara!

Suplementos Nutricionais - Uma nova visão

Houve uma verdadeira revolução nos hábitos alimentares nos últimos anos, e por que não dizer nos hábitos saudáveis de vida, especialmente no que se refere à saúde, nutrição e exercícios.


A abertura do mercado brasileiro, Internet e outras correntes (imprensa falada, escrita e televisiva) que reforçam a importância de hábitos de vida saudável como manutenção da saúde e sucesso para longevidade colaborou de maneira expressiva pra tal.

Cuidar do corpo e da forma física deixou de ter uma conotação mais estética, provocando uma mudança de comportamento e favorecendo a expansão de diversos segmentos como, por exemplo, o de suplementos alimentares e exercícios.

Não há na legislação brasileira uma definição especifica para suplementos, mas podemos dizer que são alimentos geralmente indicados para pessoas com alguma deficiência de vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas, etc, atletas, praticantes de atividades físicas comuns, e esportistas em geral que buscam melhores resultados no fornecimento de energia, crescimento de massa muscular, ausência da fadiga, perda de gordura, aumento do peso ósseo-muscular, aumento da resistência física e outros benefícios.

São considerados suplementos nutricionais desde formulações a base de vitaminas e sais minerais até os alimentos e bebidas esportivas.

Na década de 80 começaram a surgir as primeiras empresas especializadas no ramo, produção e comercialização interna, existiu um crescimento significativo em 20 anos, onde por volta de 2001 já se alcançava a cifra de US$100 milhões/ano.

Temos visto nos últimos quatro anos uma transformação de valores em relação à saúde na sociedade em geral, fazendo com que o mercado reagisse trazendo uma gama de novos produtos aos supermercados, academias, drogarias e lojas de alimentos em geral, com características singulares como diet, light, naturais, sem conservantes etc. Com eles os suplementos nutricionais, que comprovadamente atuam na saúde com benefícios e resultados visíveis, principalmente para aqueles que praticam alguma atividade física impulsionados por esse mercado numérico de consumidores. A explosão do mercado também se deve as novas especialidades medicas como a Nutrologia e a Medicina Ortomolecular, Nutrição funcional, na opinião de muitos especialistas, em breve grande parte da população mundial fará uso de algum suplemento nutricional, seja por falta de tempo de balancear com precisão sua alimentação, pela comodidade que a suplementação trás (comida rápida de primeiro mundo) e nutrientes encontrados em diversos alimentos que nem sempre estão na mesa do almoço ou jantar de qualquer cidadão.

A rigor, não há restrições para o consumo de suplementos alimentares, mas o ideal é que a indicação seja feita por um profissional habilitado, como nutricionista ou médico do esporte. A suplementação controlada não trás efeitos indesejáveis, mas ao contrário, trazem danos à saúde que podem ser potencializados por doses erradas, interferindo tanto na absorção de outros nutrientes essenciais, quanto na disfunção de certos órgãos receptores como rins e fígado.

Suplemento alimentar não é droga, e a diferença com as chamadas bombas é gritante, pois em primeiro lugar os suplementos são produtos de venda livre, reconhecidos pelo ministério da agricultura e dispensados de prescrição médica, portanto, o foco dos suplementos nutricionais é a saúde do cliente, bem estar, desempenho físico, qualidade de vida, prevenção de doenças e promoção de longevidade saudável, com nutrição equilibrada qualificando o organismo pra qualquer trabalho, assim, a alimentação do futuro começa a fazer parte do cotidiano. Sempre lembrando que a suplementação é indicada para pessoas que não possuem tempo ou uma alimentação variada e equilibrada, ou para aquelas que de alguma maneira se desgastam demais com atividades desgastantes físicas e psicológicas.

Qualidade de vida através da hidroginástica.

Talvez a busca do equilíbrio perfeito entre corpo e mente resulte numa das coisas mais buscadas na rotina de vida estressante em que muitos de nós vivemos, a qualidade de vida saudável. A busca da saúde se tornou uma variante na vida acelerada, e além da boa alimentação atividades diferenciadas como passeios e viagens, a atividade física não poderia deixar de complementar esse quadro. Numa região onde o sol é elemento ativo uma das atividades que a cada ano cresce em demasia é a hidroginástica.


Uma ginástica dentro da água que tem a possibilidade de proporcionar grandes benefícios para cada indivíduo ativo, bastando se “encaixar” no propósito de cada aula. Hoje existem várias faixas etárias dentre os praticantes desta ginástica aquática quebrando-se assim uma mística de que a hidroginástica seja indicada somente ao público da melhor idade, é lógico que a água retira as proporções de impacto em até 40%, sendo indicados para pessoas com problemas nas articulações, osteoporose e muito mais, mas existem aulas ativas usadas explicitamente para o condicionamento físico, onde adaptações são exigidas e feitas com bastante segurança, como é o caso das bicicletas aquáticas, esteiras e de mini-camas elásticas subaquáticas. Todos estes equipamentos que antes víamos somente em outros ambientes, agora temos dentro da piscina.

Uma das principais características do programa de hidroginástica é permitir às pessoas com diferentes graus de aptidão física estar em contato, exercitando-se juntas. Os idosos geralmente buscam esta prática com objetivos de melhorar seus sistemas circulatório, respiratório, cardíaco, perder peso, fortalecer a musculatura, aliviar a tensão e o estresse, manutenção da forma física, recuperação de lesões ou até mesmo o treinamento. Aspectos emocionais dos idosos, como aceitação ou recusa do envelhecimento; afastamento, rejeição ou aceitação da família quando o indivíduo inicia seu processo; apego ao conservadorismo e atitude hostil ante o novo; estreitamento da afetividade e diminuição das aspirações; enfraquecimento da consciência, deteriorização da memória e dificuldade de aprendizagem; irritabilidade, desconfiança e indocilidade; reações emocionais mais evidentes, como o medo de ser abandonado ou da solidão, tristeza ou frustração diante da idéia de envelhecer. “O desconhecimento dessas modificações estabelece sérias dificuldades de adaptação a essa fase, as quais podem associar-se a problemas decorrentes de situações mal resolvidas ao longo dos anos”, talvez por essa série de fatores acima mencionados a hidroginástica esteja em evidência na vida de pessoas da terceira idade, é uma modalidade atraente, que deixa os praticantes em proximidade com os outros, num ambiente agradável com música e animação e com supervisão de um profissional de educação física, que lhe proporciona segurança na atividade, que é um pouco diferente que uma caminhada desacompanhada, onde a pessoa do idoso pode vir a ter uma complicação sem a assistência desejada. Mas não é somente na terceira idade que esses condicionantes do estresse atuam, temos visto isso cada vez mais cedo no mundo todo. Um estilo de vida saudável para populações mais jovens e para o idoso seria estarmos sempre fisicamente ativo, para que mantenhamos a capacidade funcional em bons níveis e ainda auxiliem no retardo do processo de envelhecimento físico e psicológico.

Atividade Física: Como se tornar um adepto eterno.

Muitas são as iniciativas frustradas de termos uma atividade física constante em nossas vidas assim como outros hábitos saudáveis que fazem parte do nosso cotidiano.


O ano inteiro, se contarmos os dias ou semanas de atividades físicas constantes, poucos de nós poderíamos afirmar que pelo menos um terço desse tempo praticamos atividades físicas com objetivos de saúde. Isto é válido para as pessoas que incorporaram mesmo a rotina de exercícios, imaginem os que não a praticam com certa rotina, ou seja, estamos deixando o físico de lado, e não adianta reclamar depois dos prejuízos, correr atrás quando o tempo é curto é o melhor que podemos fazer.

A rotina de exercícios, como o próprio nome diz é a continuidade com intuito de se alcançar um benefício, e quando essa seqüência é quebrada, em muito pouco tempo perdemos bons benefícios, ajustes benéficos que o nosso corpo criou com a rotina de atividades, como é o caso do melhoramento cardio-respiratório alcançado com caminhadas intensas ou corridas. O volume de oxigênio circulado por minuto em nosso corpo sofre um aumento, ajuste este que promove melhora no consumo calórico, queima de gordura e muitos outros, o chamado VO2, ele se perde com uma inatividade de 15 dias em média, levando em consideração alguns níveis de condicionamento.

Portanto, as interrupções de inverno, uma longa viagem, férias das atividades, podem prejudicar o benefício alcançado. Algumas dicas para que as atividades estejam sempre presentes em nossas vidas sem nos causar a sensação de obrigação pode ser administrada de maneira fácil.

Primeiro temos que entender que a atividade física é uma prioridade em nossas vidas, aceitada como prioridade será mais fácil consolidarmos a decisão. O apoio de amigos, familiares, vizinhos, educadores físicos, colegas de trabalho são primordiais para essa corrente, divulguemos a vontade de seguir o programa e com certeza teremos apoio necessário.

O nosso médico terá o maior prazer em saber também da nossa iniciativa, aliás, é com o consentimento dele que teremos o aval pra tal prática, e em caso de dúvida, especialmente em relação a inexperiência dos exercício físico e esportes, não hesitemos em obter apoio de um profissional especializado.

Nesta fase de iniciação há um reajuste do nosso organismo, ocasionalmente alguns inconvenientes podem aparecer, dores no dia seguinte, cansaço na primeira quinzena, principalmente no meio de nossas atividades diárias, mas com o tempo assimilaremos de fácil maneira, e é mais um dos motivos que a quebra da seqüência interfere no resultado, pois, a cada recomeço, os mesmos inconvenientes citados acima aparecerão, desmotivando-nos a cada dificuldade. Nossas metas serão sempre bem realistas, nada de traçar objetivos difíceis, pois os resultados aparecem melhor em longos prazos de treinamento.

A perda de peso ou o próprio ganho não significam diretamente o melhor mediador dos resultados, aprendamos a fazer com que isso se torne secundário, e outras coisas nos farão entender que os exercícios contínuos vão muito além de balança e estética.

Resistir aos primeiros minutos das sessões e até mesmo aos primeiros dias das mesmas nos tornarão aptos a acrescentar maior volume de treino, ou seja, um tempo a mais do que antes prevíamos, obtendo assim maior satisfação quanto aos resultados finais. Quebrada essa barreira da iniciação o perigo agora é se tornar um viciado em exercícios, mas até que ponto isso é ruim? Lembremos: Cada ser é único...

Queimando calorias com massa muscular.

Os músculos do nosso corpo são tecidos ativos e fiéis consumidores do potencial calórico que ingerimos.


Para melhor entender, os nossos músculos, independentemente do nosso nível de atividade, é um consumidor de colorias, como se fosse uma usina interna no nosso organismo precisando constantemente de energia. Quanto maior o volume de massa muscular, maior o gasto calórico.

E a velocidade com que essa energia é consumida é determinada pela velocidade metabólica de cada indivíduo, mas de maneira geral, o volume aumentado de massa muscular garante o maior consumo. Parece brincadeira, mas com músculos ativos podemos perder um percentual de gordura até durante o sono, onde os músculos requerem energia para suas funções consumindo assim uma das fontes de reserva do nosso organismo que é a gordura branca.

Os músculos são sujeitos indesejáveis no nosso organismo, pense: Você gostaria que aquele parente distante ficasse em sua casa por trinta dias, gastando e consumindo do bom e do melhor sem lhe reembolsar qualquer quantia? Responderia sim apenas os loucos não é? Os músculos são para o organismo assim como o parente distante é para nós, um consumidor ativo, e o resto dos adjetivos, deixemos pra lá, mas podemos simplificar com estes números: 1 quilograma de massa muscular consome durante 30 dias em média 9.000 calorias, por sinal é a mesma quantidade calórica de um quilo de gordura, portanto, trocando em miúdos, aumentando um quilo de massa muscular no nosso corpo, consequentemente, aumentamos o gasto calórico relativo à um quilo de gordura, considerando-se a mesma ingestão calórica mensal de um indivíduo seria criado um déficit calórico, eliminando assim um quilo de gordura/mês.

Acelerar o metabolismo e aumentar a massa muscular parece ser a chave para a questão do emagrecimento? Ainda não é a solução, mas parece ser um dos caminhos mais viáveis para ao menos brigar de igual pra igual com os gordurinhas indesejáveis. Cerca de 80% da taxa metabólica é determinada geneticamente, enquanto os outros 20% dependem de outros fatores, portanto você não pode mudar a genética, mas pode acelerar o seu metabolismo. Quanto mais músculos você tem, maior e mais veloz é o gasto calórico, independente do seu nível de atividade, da sua idade, etc. Os músculos são tecidos vivo e estão lá para trabalhar para você, queimando calorias 24hs por dia.

Praticar atividades físicas, combinando exercício aeróbio e musculação acelera o metabolismo. Além disso, o exercício regular ajuda a transformar glicose e gordura em energia, sem a necessidade de produzir o hormônio insulina, que ajuda a engordar. É importante que a atividade física seja regular, para que haja uma ação metabólica contínua, e que a alimentação seja adequada ao gasto calórico. A taxa metabólica aumenta 25% durante 12 a 15 horas após os exercícios aeróbicos intensos, e após uma sessão de musculação também intensa esse percentual tende á ser um pouco maior.

Não pular refeições e evitar dietas rígidas também ajuda a acelerar o metabolismo. Quando se faz uma dieta para emagrecer, o metabolismo basal fica com um gasto calórico menor como uma forma de defesa (reserva), e quanto menor a ingestão calórica diária, menor será o metabolismo, pois o organismo vai interpretar essa situação como uma ameaça. A depressão do metabolismo basal com dietas sem orientação e/ou acompanhadas com inibidores de apetite leva o organismo a reagir com mecanismos de preservação de calorias e a conseqüência é a dificuldade de se perder gordura corporal.

A prática de exercícios que envolvam massas musculares e consequentemente o seu trabalho contínuo garantem por si só uma demanda energética regulada, contribuindo assim para uma melhora no metabolismo e eliminação da gordura corporal excessiva.

Transtornos alimentares e exercícios, os dois lados da moeda.

A cultura corporal na atualidade tem sofrido influências de diversos tipos de mídia colocando uma enorme pressão principalmente em jovens mulheres levando-as a rigorosas práticas para deixar o “corpo perfeito” como o exercício em situações extremas e levando-as a desenvolver transtornos alimentares na intenção de atingir um corpo ideal estereotipado.


A pressão pela boa forma física pode surgir desde a infância e pré-adolescência e permanecer por anos trazendo más conseqüências à saúde.

Os transtornos alimentares mais comuns são a anorexia e a bulimia nervosas, em ambas há uma distorção na maneira de enxergar o próprio corpo, no que diz respeito ao seu peso e tamanho, somado a isso um medo constante de engordar. Mas algumas diferenças caracterizam esses dois transtornos. Na anorexia o indivíduo (a) submete-se a longos períodos de jejum ou restrição alimentar, uso de inibidores de apetite, laxantes, diuréticos e atividade física exagerada. Há uma perda de peso importante, geralmente maior que 15% do peso ideal, além disso, outro sinal importante no sexo feminino é a presença de amenorréia (falta de menstruação) e diminuição da libido no sexo masculino em fator da pouca gordura corporal. A prevalência da anorexia nervosa é de 1% na população geral com 90% dos casos em mulheres.

Na bulimia há a indução de vômitos, uso de laxantes, diuréticos e inibidores de apetite, geralmente após um episódio exagerado de alimentação. Os pacientes com bulimia nervosa apresentam peso normal ou discretamente acima do normal. A prevalência na população geral pode chegar a 4%.

Levando-se em consideração o exercício físico, uma série de estudos avaliou que muitos indivíduos com esses distúrbios apresentavam práticas de exercício de uma forma inadequada e excessiva, com enormes prejuízos para a saúde, a “dependência de exercício” é um dos termos usados para descrever o problema. A imprecisão e os exageros na vontade de atingir uma imagem prejudicam o corpo.

O exercício físico excessivo é descrito por alguns especialistas como uma variante de um transtorno alimentar, uma vez que o quadro seria secundário, mais freqüente no sexo masculino, mas não deixando de acometer as mulheres.

Além da preocupação com a forma e aparência, em relação ao exercício, a atividade física funciona como um apoio psicológico para esses indivíduos, e, quando tais não conseguem se exercitar, seja por falta de tempo ou quaisquer outros empecilhos, se entregam com maior ênfase aos transtornos e em outro momento tentam compensar a atividade não praticada com extenuantes sessões de treino, podendo causar outros prejuízos para o corpo como fraturas por estresse, problemas musculares e articulares.

O outro lado da moeda é que os exercícios podem atenuar a gravidade desse quadro, desde que não praticado de forma excessiva, períodos de longos jejuns seriam descartados pela própria sensação de fome causada pela atividade, além dos resultados mais satisfatórios do que os causados por atividades extremas, o bem estar e o corpo mais bonito amenizariam os quadros de reincidência nos distúrbios, claro, aliados a uma alimentação balanceada e descrita por um profissional de nutrição, e um educador físico. A atividade física regular também traria uma satisfação psicológica, ao contrário da atividade física extenuante, que causaria maior estresse ao organismo de maneira geral.

Contudo, a positividade da atividade física em quadros de transtornos alimentares é bem vista pela sociedade médica, trazendo mais benefícios do que prejuízos desde que regrada.

Atividade Física e hidratação.

O verão está chegando e com ele a grande corrida em busca da boa forma corporal, deixada pra trás devido à correria do fim de ano, festas juninas, viagens, hora então de deixar aqueles quilinhos adquiridos com os excessos nas festas bem junto inverno que passou.


Nesta busca incessante pelo “corpo ideal” alguns iniciantes e atletas de final de semana começam a criar um tempo extra para a prática de atividades físicas no intuito de melhorar “o visual”. Todo apoio para esta iniciativa deve ser dado, afinal é a busca por saúde acima de tudo que é o fator principal, lá no fundo ele é alcançado, como conseqüência de todo esforço físico, contudo alguns aspectos protetores devem ser levados em consideração para que não haja reações que causem danos ao invés de prazer e bons resultados.

Um dos fatores que podem realmente atrapalhar o desempenho físico é a má hidratação.

Em conseqüência dela se desencadeia uma série de fatores que atrapalham o desenvolvimento de uma simples atividade como a caminhada, até as mais longas e desgastantes, como uma corrida intensa, ciclismo de estrada, natação de travessia e etc.

Ao contrário do que se pensa uma boa hidratação não é encher o organismo de água, ou bebidas isotônicas minutos antes da prática, uma boa hidratação é preparada com pelo menos 6 a 4 horas antes da atividade. O excesso de água no corpo pouco antes da atividade e durante a mesma, aliado ao alto nível de transpiração pelo ambientes regionais diminui a concentração de sódio do corpo, e este sendo excretado em excesso pode causar hiponatremia, característica da baixa concentração de sódio (sal) no organismo, o sódio é um eletrólito responsável pelo metabolismo celular, circulação da água entre os compartimentos intracelular e extracelular, transmissões nervosas, manutenção da pressão arterial e etc.

Atletas que se exercitam por longos períodos de tempo em clima quente e úmido devem tomar medidas para não deixar o nível de sódio baixar demasiadamente. A hiponatremia geralmente acontece em ultramaratonas, mas podem ocorrer em corridas e atividades de 3 a 4 horas de duração em clima quente e úmido ou em pessoas que começaram a atividade com uma baixa concentração de sódio, restrições aos hipertensos praticantes. Sintomas moderados se apresentam: fraqueza, cãibras, fadiga extrema, náusea, desorientação, falta de coordenação, confusão e aumento da massa corporal.

A American College os Sports Medicine recomenda beber pelo menos dois copos de 230 ml d'água no espaço de duas horas antes de correr, ou se exercitar intensamente, e durante a atividade, se esta ultrapassar uma hora beber de 150 a 350 ml de água a cada 15 ou 20 minutos. Sede excessiva, fadiga e dor de cabeça leve são outros sinais de desidratação. Nosso corpo é constituído 60% de água e precisamos dela para viver. Uma hidratação apropriada permite que nosso organismo funcione bem. O coração bombeia melhor o sangue, o corpo se mantém mais fresco e os músculos recebem a energia de que precisam para a atividade.

A American College os Sports Medicine recomenda beber imediatamente após o término da corrida, 2 ou 3 copos de água ou isotônico enquanto estiver se recuperando do treino e posteriormente enquanto a sede for sentida.

Mesmo para quem faz atividades físicas bem cedinho a água é de suma importância, ela “desperta” o organismo acelerando os processos que serão necessários para o bem estar da atividade e do decorrer do dia, pois corpo hidratado é um corpo ativo o dia todo.

Benefícios da atividade física para crianças hiperativas.

A hiperatividade, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), antigamente conhecido como disfunção cerebral mínima, é um transtorno psiquiátrico caracterizado pela impulsividade, hiperatividade e pela dificuldade de manter a atenção.


Normalmente começa na infância, persistindo freqüentemente até a fase adulta, mas prevalecendo na idade escolar. Acomete mais os meninos na proporção de quatro, para cada menina. A hiperatividade pode produzir desempenho escolar baixo, além de supervisão pedagógica adicional no âmbito social, e, na individualidade emocional de cada indivíduo, podem estes apresentar depressão, ansiedade, auto-estima baixa, instabilidade nas relações pessoais e etc.

O tratamento convencional baseia-se no uso de medicamentos psicoestimulantes (Ritalina) e antidepressivos, que se mostram muito eficazes no tratamento dos sintomas.

Entretanto nem todas as crianças respondem favoravelmente aos medicamentos, podendo não tolerar alguns estimulantes ou requererem alguma complementação no tratamento medicamentoso depois da avaliação médica, dá-se aí a inclusão da atividade física no tratamento. Sabe-se que alguns pacientes experimentam efeitos colaterais, insônia, dor de estômago, dor de cabeça, hipertensão, instabilidade de humor e falta de apetite, entre outros, mas a associação da medicação com a atividade física, segundo relatos de médicos, pais e professores está sendo benéfica para crianças com TDAH.

Com bases nesses relatos, estudiosos tem procurado aprofundar-se em estudos que comprovem essa pré-afirmação, e alguns estudos já têm comprovado que a prática de atividade física sistemática ou de esportes como a natação, tem um impacto significativo sobre a saúde e a qualidade de vida desses indivíduos, de maneira geral, nesses estudos mais recentes, se mostra à diminuição da irritabilidade, melhora no humor, elevação da auto estima, ajuda à disciplinar e lidar com regras tais indivíduos, e uma das mais importantes, trabalhar, brincar e se exercitar em equipe, aprendendo a respeitar e lidar com outras crianças na sua faixa etária.

Especificamente com relação à saúde mental, existe evidência suficiente para acreditar que a atividade física sistemática possa contribuir significativamente para diminuir o risco de depressão e que tanto os exercícios aeróbios (natação, caminhada, corrida, bicicleta), como os de resistência (musculação) são efetivos no tratamento da depressão.

Outros estudos também adiantados indicam efeitos positivos sobre a ansiedade, e desempenho escolar, atuante de maneira direta, o exercício inibe a ansiedade e melhora a forma de concentração desses indivíduos, numa proporção significativamente positiva, segundo a professora e psicopedagoga Tita Estrela, Consultora em Saúde Mental na Infância e Adolescência do Núcleo Interdisciplinar de Tratamento (NIT).

Professores de academias e escolas de natação devidamente esclarecida sobre o assunto terão condições de entender melhor o jovem com TDAH e orientá-lo de maneira mais adequada em programas de atividade física, juntamente com os familiares e outros profissionais especializados em saúde mental (pedagogo, psicólogo e o médico) poderão contribuir significativamente para o quadro geral desta enfermidade.

BOA LEITURA!

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